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Conheça as principais diferenças entre a Psicologia Forense e a Psicologia Criminal

  • Foto do escritor: Herman Manuel
    Herman Manuel
  • 12 de mai. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 15 de mai. de 2020


Em todo mundo, ainda nota-se a grande dificuldade em se destrinçar os conceitos, funções e formações referentes a psicologia forense e psicologia criminal, sendo que muitos acreditam mesmo que ambas áreas tratam dos mesmos assuntos. Por estes e outros motivos, trouxemos o presente artigo para debate e esclarecimentos.


A Psicologia Jurídica é um dos ramos da Psicologia que mais cresceram nos últimos anos e o presente artigo faz um levantamento histórico dessa relação entre a Psicologia e a justiça desde o início do século XIX, quando os médicos foram chamados pelos juízes da época para desvendarem o ‘‘enigma’’ que certos crimes apresentavam; passando pelo surgimento da Psicologia Criminal, em 1868 e pela Psicologia Forense em 1908.


Podemos assim perceber a psicologia criminal como o ramo da psicologia jurídica que se encarrega do estudo relacionais do comportamento do indivíduo criminoso e suas motivações. Para o efeito, são levados a cabo estudos psicológicos da personalidade, das estruturas mentais e suas disfunções, bem como suas intercessões com o direito penal.

Reza a historia, que tudo começou no início do século XIX, na França, quando os médicos começaram a ser chamados pelos juízes da época para desvendar o ‘‘enigma’’ que certos crimes. Eram acções criminosas sem razão aparente e que, também “não partiam de indivíduos que se encaixavam nos quadros clássicos da loucura”. Estes crimes que clamaram pelas considerações médicas não eram motivados por lucros financeiros ou paixões, pareciam possuir uma outra estrutura, pois diziam respeito à subversão escandalosa de valores tão básicos que se imagina que estejam enraizados na própria “natureza humana”, como o amor filial, o amor materno, ou a piedade frente à dor e ao sofrimento humano.


Com o decorrer do tempo, a Psicologia viria aparecer no cenário das ciências que auxiliam a justiça em 1868, com a publicação do livro Psychologie Naturelle, do médico francês Prosper Despine, que apresenta estudos de casos dos grandes criminosos daquela época. Ele obteve seu material de estudo das detalhadas informações contidas na La Gazette des Tribunaux e de outras publicações análogas. Assim sendo, Despine passou então a ser considerado como fundador da Psicologia Criminal – denominação dada naquela época às práticas psicológicas voltadas para o estudo dos aspectos psicológicos do criminoso.

Neste momento a Psicologia Criminal passa a ocupar uma posição de maior destaque como uma ciência que viria contribuir para a compreensão da conduta e da personalidade do criminoso.

A palavra forense é originada da palavra latina forensis que significa do fórum e era usada para descrever um local na Roma Antiga. O Fórum era o local onde os cidadãos resolviam disputas, algo parecido com o nosso tribunal dos dias modernos.


Falando de um modo mais abrangente, a psicologia forense se refere à aplicação da psicologia ao sistema legal. Hugo Munsterberg é geralmente identificado como um dos primeiros psicólogos a aplicar os princípios psicológicos ao direito em seu livro On the Witness Stand [No banco das testemunhas] (1908).


Depois da Publicação deste livro e de muitos outros, viu-se um considerável número de casos jurídicos no qual a figura do psicólogo aparecia como testemunha pericial, dando assim inicio a psicologia forense que se conhece hoje.

Como vemos, pese embora as duas áreas do saber tenham uma forte ligação com o direito e o comportamento humano, elas não podem ser utilizadas como sinonimas, pois diferem imenso em sua aplicabilidade, sendo psicologia criminal mais ligada a pesquisa e a psicologia forense, mais focada na aplicação deste conhecimento para auxilio do processo de tomada de decisão judicial.

 
 
 

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