Mas afinal, o que faz um Psicólogo Forense?
- Herman Manuel
- 12 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de jun. de 2020

Nos últimos anos, tem sido notório o impacto da psicologia no entendimento do comportamento do homem em diversas esferas sociais, sendo que na área judicial não é diferente. Com auxílio de um conjunto de técnicas e instrumentos, o Psicólogo pode ajudar o juiz, os advogados e outras personagens do direito judicial a entender de modo detalhado sobre personalidade das pessoas envolvidas no processo, a confiabilidade de seus testemunhos, bem como avaliar os eventuais danos psicológicos sofridos pelo, proporcionando assim ao sistema legal um conjunto de informação importante para o processo de tomada de decisão judicial.
Dentre outras, os psicólogos forenses tipicamente se envolvem em três actividades principais em sua carreira: Avaliação, tratamento e consultoria.
As duas primeiras áreas não são únicas da psicologia forense, mas são centrais para a prática da psicologia clínica e, portanto, devem lhe ser familiares se você já fez o curso de psicologia clínica.
A avaliação forense normalmente consiste da avaliação de um indivíduo na tentativa de auxiliar os tribunais na abordagem de uma questão legal. Por consequência, existem inúmeras considerações éticas que são peculiares à avaliação forense. A avaliação forense baseia-se em métodos e instrumentos similares à avaliação terapêutica geral, mas também utiliza alguns métodos forenses específicos.
Embora não sejam muito solicitados, os psicólogos podem ser chamados (pelo juiz ou advogado) a actuar em quaisquer áreas judicial (direito penal, direito civil e direito de família), desde que se considere que conhecimentos específicos da psicologia são necessários e indispensáveis para produção da prova pericial.
Por outro lado, ao debatermos sobre o tratamento psicológico no contexto forense, nos deteremos em grande parte nos infractores criminais e nos aspectos do tratamento que precisam ser especialmente considerados. Em especial, ressaltamos os casos de réus condenados por crimes com implicações psicológicas como descontrole social, e outros.
A terceira área, consultoria, é mais provável de ocorrer na prática forense do que na prática clínica rotineira e, portanto, pode não ser familiar.
A consultoria é frequentemente ignorada, mas tem um papel extremamente importante para os psicólogos forenses. Os psicólogos forenses geralmente auxiliam os advogados ou os próprios tribunais na compreensão de aspectos do comportamento humano e saúde mental que não envolvem directamente a avaliação ou o tratamento de indivíduos.
Como podemos ver, a carreira do psicólogo forense vai muito além do que vemos no cinema e muito mais além do que nos é ensinado pelos fascículos. É importante perceber a aplicação do conhecimento deste profissional pode ter um grande impacto na administração da justiça e manutenção dos direitos humanos.
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