Você sabia que as mulheres também cometem abuso sexual? Conheça o perfil das mulheres abusadoras
- Herman Manuel
- 15 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 23 de set. de 2020

Distintamente do que a sociedade pensa, os agressores sexuais não se parecem com pessoas detestáveis, ou são pessoas que apresentam uma longa serie de comportamentos criminais, ou ainda determinadas características físicas que os denota como perigo para as crianças e adolescentes.
Pelo contrário, o abuso sexual, frequentemente, é realizado sem o uso de força física, havendo coacção, sedução, que, muitas vezes, não deixam marcas físicas visíveis nas vítimas, o que torna difícil identificação do acto, bem como do agressor. Por outro lado, acredita-se que apenas homens cometem abuso sexual, mas a verdade é que existem, talvez em maior número do que imaginamos.
Para o efeito, penso ser importante ilustrar alguns achados da psicóloga americana, Slater no seu livro Predadores sexuais (2008), que destaca três tipologias de perfis das mulheres abusadoras sexuais:
O tipo professora ou amante, refere-se a agressoras adultas que agem como iniciadoras sexuais de adolescentes, normalmente do sexo masculino. Estas mulheres não percebem seus actos como ilegais, pelo contrário, acreditam que a experiência abusiva é de vital importância para a disciplina sexual da vítima. Normalmente estas agressoras não são agressivas, pelo contrário, romantizam o abuso sexual de forma a desviar parte da responsabilidade as vítimas.
O segundo, agressora coagida, tal como o nome indica, enquadram-se àquele tipo de agressoras que são influenciadas por um homem a participar do abuso sexual. Estas mulheres tendem a ser dependente da relação afectiva e participa do abuso nem sempre por vontade própria, mas também por factores como medo ou passividade.
Por último encontramos as agressoras predispostas, aquelas mulheres as quais actuam por iniciativa própria. Normalmente este tipo de agressora apresenta uma dificuldade em ter relações saudáveis com adultos e por isso, desenvolve um prazer quase mórbido em ter relações sexuais com menores.
Portanto, pode haver menos agressores sexuais do sexo feminino do que masculinos, mas seria de facto enganoso pensar que elas não existem, ou subestimar os danos que elas causam. Quer sejam homens, ou mulheres, os agressores sexuais contra menores são difíceis de se identificar. Seus interesses por crianças e adolescentes podem ser compulsivos e, no entanto, podem passar bem despercebidos, daí a maior necessidade de controle e supervisão dos menores de modo a evitar a ocorrência do abuso ou até mesmo descobrir a existência do mesmo.
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